Adotei a bicicleta como meio de transporte há 2 anos, faço tudo de bicicleta, só utilizo o carro em situações que envolvam o deslocamento de toda a família. Mas....
...Sempre penso em ficar sem carro, não gastar com combustível, IPVA, DPVAT, Seguro do veículo, não ter preocupação com estacionamento, rodízio, enfim, a lista de pontos positivos é enorme....mas ainda não consequi me desvencilhar desta coisa "automóvel", é complicado, né?
O carro não deve ser objeto de desejo e o fato de se deixar o carro não pode ser encarado como uma declaração política, um ato de subversão; tem de ser uma emoção, vir de dentro, o ciclista tem de sentir-se preparado .... deve ter domínio de seu equipamento, tranquilidade e confiança para andar nos diversos tipos de vias. O medo e a preocupação não podem existir, o ciclista deve ter determinação e confiança no seu potencial.
As circunstâncias influenciam nesta decisão, devem ser propícias ao ciclista e este decidir sobre o que funciona melhor para melhorar sua vida. Deixar o carro não significa trocar por bicicleta, envolve o deslocamento a pé, a utilização de transporte coletivo que é frustrante....o fato é que nossa cultura e (des)educação é voltada para o transporte automobilístico, e ainda por cima, individual.
Tenho filhos em idade pré-adulta e adolescentes que ainda dependem do carro para deslocamentos curtos em São Paulo, mas tudo indica que num futuro próximo teremos um veículo para viagens e transporte de cargas volumosas, somente.
Uma blogueira "contou" uma vez, uma história vivida por ela: "- Quando eu morava em Viena, uma vez eu perguntei a uma distinta senhora, esposa de um político rico, se ela e seu marido possuíam um carro. Ela encolheu-se e abanou-se: "- Com seu perdão minha querida, mas ficar sentada no trânsito é tão indigno! Tomo o bonde e eu amo andar. Para mim, esses são luxos da vida." "
O conceito de luxo é, afinal de contas, relativo.
Boa pedalada.
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